segunda-feira, 11 de abril de 2011

Epilepsia.

O que é epilepsia?

Definição
É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente.

Sintomas
Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se "desligada" por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Tranqüilize-a e leve-a para casa se achar necessário. Em crises tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Existem, ainda, vários outros tipos de crises. Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.

Causas
Muitas vezes, a causa é desconhecida, mas pode ter origem em ferimentos sofridos na cabeça, recentemente ou não. Traumas na hora do parto, abusos de álcool e drogas, tumores e outras doenças neurológicas também facilitam o aparecimento da epilepsia.

Diagnóstico
Exames como eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem são ferramentas que auxiliam no diagnóstico. O histórico clínico do paciente, porém, é muito importante, já que exames normais não excluem a possibilidade de a pessoa ser epiléptica. Se o paciente não se lembra das crises, a pessoa que as presencia torna-se uma testemunha útil na investigação do tipo de epilepsia em questão e, conseqüentemente, na busca do tratamento adequado.

Cura
Em geral, se a pessoa passa anos sem ter crises e sem medicação, pode ser considerada curada. O principal, entretanto, é procurar auxílio o quanto antes, a fim de receber o tratamento adequado. Foi-se o tempo que epilepsia era sinônimo de Gardenal, apesar de tal medicação ainda ser utilizada em certos pacientes. As drogas antiepilépticas são eficazes na maioria dos casos, e os efeitos colaterais têm sido diminuídos. Muitas pessoas que têm epilepsia levam vida normal, inclusive destacando-se na sua carreira profissional.

Outros Tratamentos
Existe uma dieta especial, hipercalórica, rica em lipídios, que é utilizada geralmente em crianças e deve ser muito bem orientada por um profissional competente. Em determinados casos, a cirurgia é uma alternativa.

Recomendações
Não ingerir bebidas alcoólicas, não passar noites em claro, ter uma dieta balanceada, evitar uma vida estressada demais.

Crises
Se a crise durar menos de 5 minutos e você souber que a pessoa é epiléptica, não é necessário chamar um médico. Acomode-a, afrouxe suas roupas (gravatas, botões apertados), coloque um travesseiro sob sua cabeça e espere o episódio passar. Mulheres grávidas e diabéticos merecem maiores cuidados. Depois da crise, lembre-se que a pessoa pode ficar confusa: acalme-a ou leve-a para casa.

Traumatismo Craniano.

O cérebro é protegido por uma caixa óssea, o crânio.
Este é o órgão mais nobre e sensível do corpo humano, e também o que apresenta menor chance de recuperação,quando lesado.
Ele possui diversas artérias e veias, as quais podem se romper no trauma.
Como o crânio (parte óssea) é rígido e o cérebro mais macio, uma hemorragia irá gerar um hematoma, que por sua vez irá crescer comprimindo o cérebro, o que certamente trará lesões neurológicas.
Algumas vezes nem há sangramento, apenas o "balançar" do cérebro dentro da caixa craniana é o bastante para
fazê-lo inchar e comprimir a ele próprio.

Deve-se observar sinais e sintomas como:
Perda da consciência, sonolência, desorientação Área de depressão no crâneo Sangramento pelo nariz , ouvido ou boca
Paralisia de um lado do corpo Perda da visão Convulsões Vômitos Dor de cabeça forte e persistente
Isto tudo pode ocorrer até 24 horas após o trauma
Assim sendo , pessoas com história de traumatismo craniano, mesmo que de pequeno porte que comece a apresentar estes sintomas , devem ser encaminhadas para avaliação médica.
O que fazer ? Peça ajuda em carater de emergência, Tente acalmar a vítima, se ela estiver consciente, Pense na possibilidade de fratura no pescoço antes e movimentar a vítima, Mantenha a vítima deitada e aquecida, Cuide dos demais ferimentos.

Aneurisma Cerebral


O que é?

Aneurisma cerebral é uma dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode levar à ruptura da mesma no local enfraquecido e dilatado.
Uma comparação de como se parece um aneurisma é a dilatação ou irregularidade da câmara de um pneu. Formam-se irregularidades na superfície da câmara e em um destes locais há ruptura da mesma com perda de ar sob pressão. Nos indivíduos que têm aneurisma cerebral há a ruptura desta irregularidade da artéria cerebral e "vazamento" de sangue para um espaço virtual que existe no cérebro chamado de "espaço subaracnóide".
A ruptura inicial de um aneurisma cerebral leva à morte quase um terço dos pacientes. Alguns pacientes apresentam dois ou mais episódios de hemorragia do aneurisma cerebral. Em cada uma das hemorragias o risco de morte vai se somando.

Como se desenvolve?

A ruptura do aneurisma pode ocorrer durante toda a vida, mas é mais frequente entre a quarta e quinta década de vida.
Muitas pessoas nascem com aneurismas cerebrais, os chamados aneurismas congênitos os quais, ao longo da vida, podem aumentar e romper.
Existem fatores de risco como parentesco de sangue próximo ao de alguém que já teve aneurisma, principalmente irmãos.
Mulheres têm maior probabilidade de desenvolver aneurismas cerebrais.
Em torno de 20% dos pacientes com aneurisma cerebral apresentam mais do que um aneurisma
Outros fatores de risco são: hipertensão arterial, dislipidemias (alteração do colesterol e triglicerídeos), doenças do colágeno, diabete mélito (açúcar no sangue) e fumo.

O que se sente?

O sintoma mais comum é cefaléia de grande intensidade acompanhada de vômitos, convulsões e perda de consciência. Alguns pacientes desenvolvem ptose palpebral (queda súbita da pálpebra) acompanhado de cefaléia. Outros, perda progressiva da visão por comprometimento do nervo óptico por compressão do aneurisma.
Com o decorrer das horas a dor de cabeça pode evoluir para uma dor importante na nuca e levar a "rigidez de nuca" que é comum na meningite, ou dor nas costas e pernas. Isso ocorre por que o sangue escorre da cabeça para a coluna e "irrita" as raízes nervosas provocando dor nas costas.
Pacientes que não rompem o aneurisma cerebral podem ter sintomas de isquemias cerebrais de repetição, pois pode haver formação de pequenos coágulos dentro do saco aneurismático levando a liberação dos mesmos para a corrente sangüínea e "entupindo" pequenas artérias.

Como o médico faz o diagnóstico?

Os pacientes com aneurisma cerebral não roto apresentam dificuldade de diagnóstico por parte do médico. Os aneurismas não rotos não dão dor de cabeça. Algumas vezes apresentam-se como pequenas isquemias cerebrais ou queda da pálpebra. O especialista experiente deverá solicitar uma angiografia cerebral digital ou uma angiografia por ressonância magnética. Somente nos aneurisma muito grandes podemos fazer diagnóstico dos mesmo com uma tomografia computadorizada do encéfalo.
O diagnóstico de suspeição é feito pela história que o paciente conta quando o aneurisma é roto. Muitas vezes o paciente já chega em coma ao hospital. Cabe ao médico solicitar uma tomografia computadorizada do encéfalo que deve demonstrar sangue no espaço subaracnóide ou hematoma cerebral (coágulo dentro do cérebro).
Caso a tomografia computadorizada seja normal e o paciente apresente rigidez de nuca o médico procede a uma punção lombar para ver se há sangue no líquido que banha o cérebro e a espinha, chamado de "líquor". Nos pacientes com hemorragia por aneurisma cerebral o líquor - que é da cor da água - aparece avermelhado pelo sangue da hemorragia.

Como se trata?

O tratamento dos aneurismas não rotos deve ser avaliado, pois o risco anual da ruptura de um aneurisma é de 1,25 %, ou seja, o paciente pode escolher um momento adequado para o seu tratamento junto com seu médico.
Já os aneurismas rotos apresentam-se como uma urgência médica devendo ser tratados com máxima brevidade. Até o início da década de 90 o tratamento era feito exclusivamente através da cirurgia, que consiste em abertura do crânio e bloqueio do aneurisma com clipes (grampos) metálicos. Nem todos os pacientes podem ser tratados com cirurgia. Dependendo do estado de saúde do paciente e do local a ser alcançado, uma intervenção cirúrgica poderá ser perigosa. A partir da metade da década de 90, foi desenvolvido um método denominado embolização por cateter que consiste em introduzir um cateter na artéria da virilha e através do cateter, que é levado até ao aneurisma, promover o bloqueio do aneurisma com inserção de micro molas de platina. Nisto reside o tratamento endovascular, também conhecido como embolização por cateter, que consiste em introduzir um cateter na artéria da virilha e através do cateter, que é levado até ao aneurisma, promover o bloqueio do aneurisma com inserção de micro molas de platina. Nisto reside o tratamento endovascular, também conhecido como embolização.. Há casos em que a estrutura vascular do paciente não permite a passagem do cateter. Nesses casos, não existe alternativa a não ser o tratamento cirúrgico. Recentemente foi desenvolvido novo material para tratar o aneurisma, chama-se Onyx. Trata-se de um líquido que se torna sólido no interior do aneurisma. O Onyx deverá substituir as molas de platina, mas sua utilização tem o mesmo conceito terapêutico.

LESÃO MEDULAR



O termo lesão medular é utilizado para se referir a qualquer tipo de lesão que ocorra nos elementos neurais do canal medular. Em uma lesão medular alta, a seqüela, muitas vezes é a tetraplegia, sendo necessário um tratamento fisioterapêutico para prevenir retrações e hipotrofias musculares; tendo também como aparato, a utilização de órteses para deixar o paciente o mais independente possível, devolvendo de forma limitada, mas tornando seu movimento funcional.





Os termos usados para descrever esses pacientes indicam o nível geral da lesão de coluna vertebral e da perda da função e podendo ser classificados dentro de dois esquemas básicos (López, 2001).


Tetraplegia
Quando existe evidências da perda funcional e sensitiva acima ou ao nível neurológico de C8, com demonstração desta perda em extremidade superior. Refere-se a diminuição ou perca da função sensitiva e/ou motora nos segmentos cervicais da medula devido a danos dos elementos neurais dentro do canal medular. Tetraplegia resulta em diminuição funcional de membro superior assim como troncos pernas e órgão pélvicos. As lesões do plexo braquial ou nervos periféricos fora do canal medular não são tidos como tetraplegia (López, 2001).

Paraplegia
É descrita como perca funcional abaixo do nível de C8 e representa uma faixa extensa de disfunções neuromusculares. Refere-se a diminuição ou perca da função motora e/ou sensitiva dos segmentos torácicos, lombares ou sacrais no cordão medular, secundária a lesão de elementos neurais dentro do canal medular. Na paraplegia, a função do membro superior está preservada, mas dependendo do nível de lesão, o tronco, as pernas e os órgãos pélvicos podem estar comprometidos (López, 2001)

Lesão Medular Incompleta
As funções motora e sensitiva estão preservadas ao nível de segmento sacral. Estão incluídas nessas sensações sacrais uma profunda sensação anal e a contração voluntária da musculatura do esfíncter anal é utilizada para demonstrar se a função está ou não preservada. Clinicamente são denominadas síndromes ou lesões (López, 2001).

Lesão Medular Completa

Não há função motora ou sensitiva preservada ao nível de segmento sacral. O Nível neurológico é dado como sendo o nível mais baixo onde ainda é encontrada alguma evidência de função ou sensação muscular sem preservação, no entanto, da funcionabilidade da área sacral. Descreve o caso em que toda a comunicação neuronal é interrompida, como ocorre na transecção completa da medula espinhal (López, 2001).

Nível Neurológico

Refere-se ao mais baixo segmento da medula com sensibilidade e função motora normal e em ambos os lados do corpo (Sullivan, 1993).

Nível Sensitivo e Motor

"Nível sensitivo" refere-se ao mais baixo segmento da medula que apresenta funções sensitivas normais em ambos os lados do corpo. "Nível motor" apresenta funções motoras normais (Sullivan, 1993).

Dermátomos
Raízes nervosas que recebem informações sensitivas determinadas áreas da pele (Sullivan, 1993).

Miótomo
Coleção de fibras nervosas inervadas pelo axônio motor está dentro de cada nervo segmentar (Sullivan, 1993).




DE ÓRTESES PARA LESADO MEDULAR:
COLETE ELÁSTICO TIPO PUTTI ALTOIndicações: Estabilização da região dorso-lombo-sacra em casos de hérnias de disco, traumatismos, fraturas provenientes de osteoporoses e outras afecções da região, estabilização do tronco no lesado medular.

COLETE TIPO PUTTI COM BARBATANAS DE AÇO
Indicações: Estabilização da região dorso-lombo-sacra em casos de hérnias de disco operáveis ou não, fraturas osteoporóticas e outras afecções da região, estabilização do tronco no lesado medular.

Cinta-Colete Elástico com Barbatanas de Duralumínio
Indicações: Estabilização da coluna dorso-lombar em artroses, traumatismos, escolioses dolorosas, fraturas osteoporóticas e outras afecções da região. Estabilização do tronco no lesado medular.

Colete Elástico Lombo-Sacro Putti Baixo
Indicações: Estabilização da coluna lombo-sacral em casos de contratura para-vertebral pós-traumática, artroses, espondilolisteses, lordoses, pós-operatórios e outras afecções da região. Estabilização do tronco no lesado medular.

Colar CervicalIndicações: Traumatismos, torcicolos, artrites, artroses e outras afecções da coluna cervical no lesado medular.




Função da Medula· O corpo mexe por ordem do cérebro sobre a comunicação da medula, assim como as informações da sensibilidade (calor, dor, etc) chegam ao cérebro pela medula.
· A medula é o canal principal da comunicação do cérebro para o corpo.


Complicações mais freqüentes
=Deformidades
· Ocorrem nos membros ou partes do troco, quando instaladas apenas a correção cirúrgica pode solucionar.

Fontes causadoras:· Mal posicionamento.
· Ausência de movimentação articular, ativa oupassiva.
· Edema por imobilização.
· Microhemorragias, provenientes de movimentos bruscos e excessivos.
· Espasticidade.

Conseqüências:
· Redução da amplitude do movimento.
· Encurtamento e contraturas musculares e/ou articulares.
· Dor ao movimento.
· Edema.

Locais mais freqüentes:
· Membros inferiores.
· Pé eqüino (pé de bailarina).
· Adução da coxa.
· Flexão do hálux.
· Flexão do quadril e joelho.
Membros superiores
· Flexão dos cotovelos.
· Extenção e supinação do punho.
· Flexão dos dedos.

Tronco:· Cifose.
· Escoliose.

O que fazer:
· A prevenção é o melhor tratamento.
· Posicionamento adequado.
· Exercícios passivos.
· Uso de órteses.
· Tratamento cirúrgico.

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL .


                                                                                                         O que é?
O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte dessas células; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início, e podendo progredir ao longo do tempo.
O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao deficit neurológico transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade; quando o deficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um deficit neurológico isquêmico reversível (DNIR).
Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas categorias:
 

O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou deficits característicos. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos.
No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. Em torno de 20% dos acidentes vasculares cerebrais são hemorrágicos.

Como se desenvolve ou se adquire?
Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabete, tabagismo, hiperlipidemia. Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool, ou outras doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo.

O que se sente?
Geralmente vai depender do tipo de acidente vascular cerebral que o paciente está sofrendo se isquêmico ou hemorrágico. Os sintomas podem depender da sua localização e da idade do paciente. Os principais sintomas do acidente vascular cerebral incluem:

Fraqueza:
O início súbito de uma fraqueza em um dos membros (braço, perna) ou face é o sintoma mais comum dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma área pequena e específica. Podem ocorrer de diferentes formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço que na perna; ou fraqueza maior na perna que no braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar de outros sintomas. Estas diferenças dependem da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida.
Distúrbios Visuais:
A perda da visão em um dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes e geralmente os leva a procurar avaliação médica. O paciente pode ter uma sensação de "sombra'' ou "cortina" ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitória (amaurose fugaz).
Perda sensitiva:
A dormência ocorre mais comumente junto com a diminuição de força (fraqueza), confundindo o paciente; a sensibilidade é subjetiva.
Linguagem e fala (afasia):
É comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem e fala; assim alguns pacientes apresentam fala curta e com esforço, acarretando muita frustração (consciência do esforço e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam uma outra alteração de linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem. Familiares e amigos podem descrever ao médico este sintoma como um ataque de confusão ou estresse.
Convulsões:
Nos casos da hemorragia intracerebral, do acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se manifestar como os já descritos acima, geralmente mais graves e de rápida evolução. Pode acontecer uma hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao sangramento) , além de desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchaço), atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente em questão de minutos.

Como o médico faz o diagnóstico?
A história e o exame físico dão subsídios para uma possibilidade de doença vascular cerebral como causa da sintomatologia do paciente.Entretanto, o início agudo de sintomas neurológicos focais deve sugerir uma doença vascular em qualquer idade, mesmo sem fatores de risco associados. A avaliação laboratorial inclui análises sanguíneas e estudos de imagem (tomografia computadorizada de encéfalo ou ressonância magnética). Outros estudos: ultrassom de carótidas e vertebrais, ecocardiografia e angiografia podem ser feitos.

Como se trata e como se previne?
Geralmente existem três estágios de tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-acidente vascular cerebral.
O tratamento preventivo inclui a identificação e controle dos fatores de risco. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais.
Inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico.
O tratamento agudo do acidente vascular cerebral isquêmico consiste no uso de terapias antitrombóticas (contra a coagulação do sangue) que tentam cessar o acidente vascular cerebral quando ele está ocorrendo, por meio da rápida dissolução do coágulo que está causando a isquemia. A chance de recuperação aumenta quanto mais rápida for a ação terapêutica nestes casos. Em alguns casos selecionados, pode ser usada a endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida. O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma emergência médica, devendo ser tratado rapidamente em ambiente hospitalar.
A reabilitação pós-acidente vascular cerebral ajuda o indivíduo a superar as dificuldades resultantes dos danos causados pela lesão.
O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do paciente.
As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da pressão. Em alguns casos, a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.

Qual é o prognóstico?
Mesmo sendo uma doença do cérebro, o acidente vascular cerebral pode afetar o organismo todo. Uma sequela comum é a paralisia completa de um lado do corpo (hemiplegia) ou a fraqueza de um lado do corpo (hemiparesia). O acidente vascular cerebral pode causar problemas de pensamento, cognição, aprendizado, atenção, julgamento e memória. O acidente vascular cerebral pode produzir problemas emocionais com o paciente apresentando dificuldades de controlar suas emoções ou expressá-las de forma inapropriada. Muitos pacientes apresentam depressão.
A repetição do acidente vascular cerebral é frequente. Em torno de 25 por cento dos pacientes que se recuperam do seu primeiro acidente vascular cerebral terão outro dentro de 5 anos.

Dialiálise peritonial e Hemodiálise.

                                                                 HEMODIÁLISE
O que é?
Os pacientes que, por qualquer motivo, perderam a função renal e irreparavelmente atingiram a fase terminal da doença renal têm, hoje, três métodos de tratamento, que substituem as funções do rim: a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal.
A diálise é um processo artificial que serve para retirar, por filtração, todas as substâncias indesejáveis acumuladas pela insuficiência renal crônica. Isto pode ser feito usando a membrana filtrante do rim artificial e/ou da membrana peritoneal.
Existem, portanto, dois tipos de diálise: a peritoneal e a hemodiálise.

Diálise Peritoneal
Este tipo de diálise aproveita a membrana peritoneal que reveste toda a cavidade abdominal do nosso corpo, para filtrar o sangue. Essa membrana se fosse totalmente estendida, teria uma superfície de dois metros quadrados, área de filtração suficiente para cumprir a função de limpeza das substâncias retidas pela insuficiência renal terminal.
Para realizar a diálise peritoneal, devemos introduzir um catéter especial dentro da cavidade abdominal e, através dele, fazer passar uma solução aquosa semelhante ao plasma. A solução permanece por um período necessário para que se realizem as trocas. Cada vez que uma solução nova é colocada dentro do abdômen e entra em contato com o peritônio, ele passa para a solução todos os tóxicos que devem ser retirados do organismo, realizando a função de filtração, equivalente ao rim.
Para realizar a mesma função de um rim normal trabalhando durante quatro horas, são necessárias 24 horas de diálise peritoneal ou 4 horas de hemodiálise.
A diálise peritoneal realizada no hospital é planejada segundo as necessidades do paciente, tendo em vista a situação da insuficiência renal terminal.
A diálise também pode ser realizada no domicílio do paciente, em local limpo e bem iluminado.
Neste caso é conhecida como DPAC (diálise peritoneal ambulatorial crônica).
O próprio paciente introduz a solução na cavidade abdominal, fazendo três trocas diárias de quatro horas de duração e, depois de drenada, nova solução é introduzida e assim por diante. Dependendo do caso, pode permanecer filtrando durante a noite. A DPAC permite todas as atividades comuns do dia-a-dia, viagens, exercícios, trabalho.
A diálise peritoneal pode ser usada cronicamente por anos, exigindo do paciente somente visitas médicas periódicas.
Hemodiálise
Na hemodiálise, é usada uma membrana dialisadora, formada por um conjunto de tubos finos, chamados de filtros capilares.
Para realizar a hemodiálise, é necessário fazer passar o sangue pelo filtro capilar. Para isso, é fundamental ter um vaso resistente e suficientemente acessível que permita ser puncionado três vezes por semana com agulhas especiais.
O vaso sangüíneo com essas características é obtido através de uma fístula artéria venosa (FAV).
A FAV é feita por um cirurgião vascular unindo uma veia e uma artéria superficial do braço de modo a permitir um fluxo de sangue superior a 250 ml/minuto.
Esse fluxo de sangue abundante passa pelo filtro capilar durante 4 horas, retirando tudo o que é indesejável. O rim artificial é uma máquina que controla a pressão do filtro, a velocidade e o volume de sangue que passam pelo capilar e o volume e a qualidade do líquido que banha o filtro.
Para realizar uma hemodiálise de bom padrão é necessário uma fístula artério-venosa com bom fluxo, um local com condições hospitalares; maquinaria adequada e assistência médica permanente.
Tendo essas condições, o paciente poderá realizar hemodiálise por muitos anos.
A hemodiálise tem a capacidade de filtração igual ao rim humano, dessa forma, uma hora de hemodiálise equivale a uma hora de funcionamento do rim normal.
A diferença entre a diálise e o rim normal é que na diálise realizamos três sessões de quatro horas, o equivalente a 12 horas semanais. Um rim normal trabalha na limpeza do organismo 24 horas por dia, sete dias da semana, perfazendo um total de 168 horas semanais. Portanto, o tratamento com rim artificial deixa o paciente 156 horas semanais sem filtração (168 -12=156).
Apesar de realizar somente 12 horas semanais de diálise, já está provado que uma pessoa pode viver bem, com boa qualidade de vida e trabalhar sem problemas.
A hemodiálise tem seus riscos como qualquer tipo de tratamento e apresenta complicações que devem ser evitadas como: hipertensão arterial, anemia severa, descalcificação, desnutrição, hepatite, aumento do peso por excesso de água ingerida e complicações das doenças que o paciente é portador.
Por isso, os médicos controlam e tratam os problemas clínicos (edema, pressão alta, tosse, falta de ar, anemia) em cada sessão de hemodiálise.
Uma vez por mês solicitam exames de sangue para ver como estão as taxas de uréia, fósforo e ácido úrico e observam o estado dos ossos para evitar a descalcificação. Orientam a dieta controlando as calorias, o sal e as proteínas para o controle da nutrição.
O número de pacientes que fazem diálise peritoneal é da ordem de 2 a 5 % dos renais crônicos e o restante faz hemodiálise. No Brasil, atualmente, existem 35.000 pacientes fazendo hemodiálise e somente 10% são transplantados anualmente, por isso a lista de espera é muito grande.



Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Esse é um tratamento seguro?
Posso viver normalmente fazendo hemodiálise?
Posso trabalhar?
Que tipo de trabalho posso fazer e qual devo evitar?
Devo fazer alguma dieta?

segunda-feira, 28 de março de 2011

sintomas da tireóide

Saiba a diferença entre hipertireoidismo e hipotireoidismo.

Vamos esclarecer uma coisa logo no começo, tireóide (ou tiróide) é um órgão e não uma doença. É muito comum ouvir as pessoas dizerem que têm tireóide como se isso fosse um problema de saúde. Ora, tireóide todo mundo tem, isto não quer dizer nada. Para haver algum significado é preciso dizer qual o problema que a mesma apresenta: hipotireoidismo, hipertireoidismo, câncer de tireóide, nódulo na tireóide, etc...

A tiróide (ou tireóide) é uma glândula em formato de borboleta localizada na base do pescoço, à frente da traquéia. Ela produz dois hormônios chamados de triiodotironina e tiroxina, mais conhecidos como T3 e T4, respectivamente. Esses hormônios são os responsáveis pelo metabolismo do corpo, ou seja, o modo como o organismo armazena e gasta energia.

Quando a tireóide funciona muito e produz hormônios em excesso, chamamos de hipertireoidismo. Quando funciona pouco ou quando esta foi removida cirurgicamente devido a um tumor, chamamos de hipotireoidismo.

Reforçando o conceito:

tireóide
Localização da tiróide

- Hipertireoidismo = produção exagerada de hormônios tireoidianos
- Hipotireoidismo = produção insuficiente de hormônios tireoidianos

A falta de hormônios tireoidianos ou hipotireoidismo, diminui nosso metabolismo e causa os seguintes problemas:

Sinais e sintomas do hipotireoidismo
- Bócio (veja mais abaixo)
- Astenia
- Pele seca
- Dor nas articulações
- Síndrome do túnel do carpo
- Constipação intestinal (prisão de ventre)
- Aumento do colesterol - Alterações da menstruação
- Ganho de peso
- Intolerância ao frio
- Perda de cabelo
- Letargia
- Edemas (Inchaços)
- Em casos graves e não tratados: Coma

Já o excesso de hormônios, chamado de hipertireoidismo, causa:

Sinais e sintomas do hipertireoidismo
Sintomas da tireóide - Hipertireoidismo - proptose
Proptose - sintoma do hipertireoidismo
- Aumento do suor
- Intolerância ao calor
- Proptose do olho (olhos esbugalhados)
- Palpitações e arritmias cardíacas
- Perda de peso
- Aumento da sede e da fome
- Irritabilidade e ansiedade
- Tremores das mãos

O bócio é o aumento de tamanho da tireóide que pode ser notado como um abaulamento na região anterior do pescoço. Pode ocorrer no hipotireoidismo e no hipertireoidismo.

Sintomas tireóide - Bócio
Bócio - Pode ocorrer no hiper e no hipotireoidismo
Era um sinal muito comum no início do século XX devido a deficiência de iodo na alimentação (o iodo é um elemento necessário para a formação dos hormônios tireoidianos). A partir da metade do século passado, o iodo foi adicionado ao sal de cozinha e desde então deixou de ser uma causa comum de bócio.

As principais causas de hipotireoidismo e hipertireoidismo são as doenças auto-imunes (aquelas em que o organismo indevidamente produz anticorpos conta ele mesmo), a destacar a doença de Graves no hipertireoidismo e a doença de Hashimoto no hipotireoidismo. A remoção cirúrgica da tireóide, ou a sua destruição por iodo radioativo também são causas comuns de hipotireoidismo.

O diagnóstico, em geral, é feito com analises de sangue, através da dosagem do TSH e do T4 livre. Nos textos sobre hipertireoidismo e hipotireoidismo explicamos com mais detalhes os efeitos do TSH sobre a tiróide.

O tratamento é feito com reposição de hormônios no hipotireoidismo, ou com drogas que inibem a produção dos mesmos no hipertireoidismo.