segunda-feira, 28 de março de 2011

sintomas da tireóide

Saiba a diferença entre hipertireoidismo e hipotireoidismo.

Vamos esclarecer uma coisa logo no começo, tireóide (ou tiróide) é um órgão e não uma doença. É muito comum ouvir as pessoas dizerem que têm tireóide como se isso fosse um problema de saúde. Ora, tireóide todo mundo tem, isto não quer dizer nada. Para haver algum significado é preciso dizer qual o problema que a mesma apresenta: hipotireoidismo, hipertireoidismo, câncer de tireóide, nódulo na tireóide, etc...

A tiróide (ou tireóide) é uma glândula em formato de borboleta localizada na base do pescoço, à frente da traquéia. Ela produz dois hormônios chamados de triiodotironina e tiroxina, mais conhecidos como T3 e T4, respectivamente. Esses hormônios são os responsáveis pelo metabolismo do corpo, ou seja, o modo como o organismo armazena e gasta energia.

Quando a tireóide funciona muito e produz hormônios em excesso, chamamos de hipertireoidismo. Quando funciona pouco ou quando esta foi removida cirurgicamente devido a um tumor, chamamos de hipotireoidismo.

Reforçando o conceito:

tireóide
Localização da tiróide

- Hipertireoidismo = produção exagerada de hormônios tireoidianos
- Hipotireoidismo = produção insuficiente de hormônios tireoidianos

A falta de hormônios tireoidianos ou hipotireoidismo, diminui nosso metabolismo e causa os seguintes problemas:

Sinais e sintomas do hipotireoidismo
- Bócio (veja mais abaixo)
- Astenia
- Pele seca
- Dor nas articulações
- Síndrome do túnel do carpo
- Constipação intestinal (prisão de ventre)
- Aumento do colesterol - Alterações da menstruação
- Ganho de peso
- Intolerância ao frio
- Perda de cabelo
- Letargia
- Edemas (Inchaços)
- Em casos graves e não tratados: Coma

Já o excesso de hormônios, chamado de hipertireoidismo, causa:

Sinais e sintomas do hipertireoidismo
Sintomas da tireóide - Hipertireoidismo - proptose
Proptose - sintoma do hipertireoidismo
- Aumento do suor
- Intolerância ao calor
- Proptose do olho (olhos esbugalhados)
- Palpitações e arritmias cardíacas
- Perda de peso
- Aumento da sede e da fome
- Irritabilidade e ansiedade
- Tremores das mãos

O bócio é o aumento de tamanho da tireóide que pode ser notado como um abaulamento na região anterior do pescoço. Pode ocorrer no hipotireoidismo e no hipertireoidismo.

Sintomas tireóide - Bócio
Bócio - Pode ocorrer no hiper e no hipotireoidismo
Era um sinal muito comum no início do século XX devido a deficiência de iodo na alimentação (o iodo é um elemento necessário para a formação dos hormônios tireoidianos). A partir da metade do século passado, o iodo foi adicionado ao sal de cozinha e desde então deixou de ser uma causa comum de bócio.

As principais causas de hipotireoidismo e hipertireoidismo são as doenças auto-imunes (aquelas em que o organismo indevidamente produz anticorpos conta ele mesmo), a destacar a doença de Graves no hipertireoidismo e a doença de Hashimoto no hipotireoidismo. A remoção cirúrgica da tireóide, ou a sua destruição por iodo radioativo também são causas comuns de hipotireoidismo.

O diagnóstico, em geral, é feito com analises de sangue, através da dosagem do TSH e do T4 livre. Nos textos sobre hipertireoidismo e hipotireoidismo explicamos com mais detalhes os efeitos do TSH sobre a tiróide.

O tratamento é feito com reposição de hormônios no hipotireoidismo, ou com drogas que inibem a produção dos mesmos no hipertireoidismo.


o cateterismo cardíaco, a angioplastia

                                                                 Introdução

A doença isquêmica cardíaca é causada por uma obstrução de uma ou mais artérias coronárias, impedindo o fluxo adequado de sangue para o músculo cardíaco, chamado de miocárdio. Como qualquer tecido do nosso corpo, o miocárdio, quando privado de seu suprimento de sangue, entra em isquemia e pode sofrer necrose, caracterizando o infarto do miocárdio. Como o mecanismo básico desta doença é uma obstrução da artéria coronária, o tratamento consiste em desobstrui-la o mais rápido possível, impedindo que uma isquemia se torne um infarto. No texto INFARTO DO MIOCÁRDIO | Causas e prevenção nós explicamos com detalhes todo esse processo.
Para tornar a aprendizagem sobre a doença isquêmica cardíaca mais completa, sugerimos também a leitura dos nossos outros textos sobre doença coronariana onde abordamos com detalhes os sintomas, causas e prevenção da angina e do infarto. Nos textos abaixo explicamos os conceitos básicos como angina, isquemia, trombose, necrose e infarto:
coronarianas: tratamento clínico com drogas, cirurgia de bypass cardíaco (a famosa ponte de safena) e a angioplastia. As duas primeiras opções de tratamento serão explicadas em textos a parte, por ora, focaremos no cateterismo cardíaco e na angioplastia.

O que é cateterismo cardíaco? O que é coronariografia?
Começaremos pelo cateterismo cardíaco, também conhecido como coronariografia ou angiografia coronariana.Vamos usar figuras e vídeos para tornar a explicação mais simples.

O cateterismo cardíaco é uma angiografia, um exame radiológico onde podemos analisar os vasos sanguíneos. A teoria do exame é simples:
Cateterismo cardíaco (clique para ampliar)

1- Escolhemos um vaso a ser estudado, por exemplo, as artérias coronárias.

2- Através de uma punção da artéria femoral (que fica na coxa), ou na artéria radial (no braço), introduzimos um longo cateter pela artéria aorta até chegar ao coração, no ponto onde nascem as artérias coronárias.

3- Através deste cateter administra-se seguidamente pequenos volumes de contraste venoso radiopaco fazendo com que o mesmo, ao passar pelas coronárias, "pinte-as" de modo a torná-las visíveis através de um exame de raio X. Ao invés de uma radiografia simples, na coronariografia, obtemos várias imagens seguidas, fazendo um filme de toda a passagem do contraste pelas artérias.

Vejam o vídeo abaixo para melhor entenderem a explicação. Neste filme é possível ver o contraste sendo administrado pelo cateter diretamente nas artérias coronárias. São 4 administrações seguidas apresentadas neste curto vídeo.

Se uma das artérias estiver com seu interior preenchido por placas de colesterol que obstruam a passagem de sangue, elas também estarão obstruindo a passagem do contraste, sendo isto facilmente perceptível durante a angiografia, como pode ser visto na imagem ao lado. A seta mostra o local exato onde há uma obstrução do vaso. Reparem que o ponto da obstrução quase não apresenta contraste em seu interior.

A coronariografia é atualmente o melhor método para o diagnóstico das obstruções das artérias coronárias.

Uma vez realizada a coronariografia, podemos decidir que estratégia adotaremos com o paciente. Se os vasos estiverem sem sinais de obstrução, o exame termina e o cateter é retirado; se a angiografia apontar lesões obstrutivas das coronárias, torna-se necessário desobstrui-las. Se as lesões forem muito graves e múltiplas, a alternativa é a cirurgia de bypass. Se apenas um, ou no máximo dois ramos das coronárias estiverem doentes, é possível realizar a angioplastia das mesmas.

O que é angioplastia?
Angioplastia por balão (clique para ampliar)
A angioplastia é um procedimento não cirúrgico no qual é possível desobstruir artérias com deficiente fluxo de sangue causado por placas de colesterol em sua parede. A angioplastia pode ser feita em várias artérias do corpo, mas neste texto vamos falar apenas da angioplastia coronariana.

Angioplastia por balão (clique para ampliar)
A angioplastia é realizada imediatamente após a coronariografia. Uma vez identificada a artéria obstruída, um balão especial para angioplastia é inserido desinflado pelo cateter que agora está localizado dentro da artéria coronária doente. Ao chegar no local da placa, este balão é inflado até uma pressão de 20 atmosferas, tornando-o inacreditavelmente duro, capaz de literalmente esmagar a placa de gordura, abrindo novamente a luz da artéria e permitindo que o fluxo de sangue retorne ao normal.


Reparem na imagem à esquerda mostrando uma coronariografia feita antes da angioplastia por balão e outra feita depois da angioplastia. Note que antes havia uma falha no enchimento da artéria pelo contraste, indicando uma obstrução do fluxo sanguíneo. Após a destruição da placa pelo balão, o contraste passou a seguir o seu caminho sem restrições.

O termo cateterismo cardíaco engloba 2 procedimentos diferentes: o cateterismo para diagnóstico, que é a simples coronariografia, e o cateterismo terapêutico, que inclui a angioplastia. Quando o paciente apenas diz que fez um cateterismo cardíaco, é preciso completar a informação dizendo se foi feito angioplastia ou não, para que possamos saber exatamente que tipo de procedimento ele foi submetido.

A angioplastia por balão apresenta ótimos resultados a curto prazo, com taxas de sucesso acima de 90% na resolução da dor e no restabelecimento do fluxo sanguíneo. Porém, a médio/longo prazo a reobstrução da artéria coronária é muito comum. Cerca de 30% dos pacientes terão suas artérias novamente obstruídas em período de 6 meses. Por isso, além da angioplastia com balão, um procedimento adicional é necessário para se assegurar uma patência prolongada das coronárias: a implantação de um stent.

O que é angioplastia com stent?
O stent é uma prótese metálica expansível, em forma cilíndrica, que é implantada logo após a angioplastia pelo balão com o intuito de diminuir a chance da artéria coronária ficar novamente obstruída por aterosclerose com o passar do tempo. O processo de implantação do stent é igual ao da angioplastia, como pode ser visto no vídeo abaixo. A narração está em inglês, porém, depois do que foi explicado neste texto é perfeitamente possível entender tudo sem o áudio.

Atualmente praticamente não se faz mais angioplastia sem a colocação de um stent devido a grande diferença de resultados entre os dois procedimentos.

Após a angioplastia com stent
A angioplastia com stent é um procedimento razoavelmente simples e o paciente costuma ter alta no dia seguinte, ficando internado durante a noite apenas para observação.

Ao final do procedimento, o cateter é removido e o paciente deve ficar deitado por algumas horas com compressão sobre a artéria femoral para evitar a formação de hematomas no local da inserção do cateter.

O paciente com stent normalmente precisa tomar medicamentos que inibam a ação das plaquetas para inibir a formação de coágulos e a trombose do stent. Aspirina (leia: ASPIRINA | AAS | Indicações e efeitos colaterais) e clopidogrel (Plavix®) são as duas drogas mais prescritas.

Quando aplicável, o controle do diabetes, da hipertensão, do colesterol, a perda de peso e parar de fumar são fatores essenciais para impedir a trombose do stent.

Os stents mais modernos são compostos por materiais que não contraindicam a realização de ressonância magnética nuclear (RMN), ao contrário das próteses mais antigas. Se você tem um stent e precisa fazer uma RMN, pergunte ao seu cardiologista de o seu stent é seguro, denominado pelo fabricante como "MR safe".

Complicações do cateterismo e da angioplastia com stent
Não existe procedimento médico invasivo sem riscos. As complicações do cateterismo cardíaco são incomuns se tomadas todas as devidas precauções, mas sempre existe um pequeno risco de surgirem problemas. Entre as possíveis complicações, podemos citar:

- Alergia ao contrate venoso (leia: CHOQUE ANAFILÁTICO | Causas e sintomas)
- Hematomas e sangramentos no local da punção
- Embolização de fragmentos do trombo após a angioplastia
- AVC (leia: AVC | ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL | DERRAME CEREBRAL)
- Infarto agudo do miocárdio
- Rotura da artéria coronária
- Arritmia cardíaca (leia: PALPITAÇÕES, TAQUICARDIA E ARRITMIAS CARDÍACAS)
- Insuficiência renal aguda (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA | Sintomas e tratamento)

Sobre esta última complicação, achamos importante gastar algumas linhas.

Insuficiência renal aguda após cateterismo cardíaco
A maioria dos contrastes venosos usados para exames radiológicos são tóxicos para os rins, causando uma temporária queda na taxa de filtração do sangue (leia: REMÉDIOS QUE PODEM FAZER MAL AOS RINS).

Pessoas com rins sadios não apresentam complicações, pois, mesmo que percam metade da função renal por alguns dias, conseguem sobreviver bem com 50% restantes de função. Pessoas que já tem doença renal, entretanto, não têm essa reserva para tolerar grandes quedas na sua função renal, sendo comum a ocorrência de insuficiência renal aguda transitória, com duração média de 7 dias.

O cateterismo cardíaco em paciente com diagnóstico prévio de insuficiência renal crônica (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA | Sintomas e tratamento) deve ser feito com muito cuidado, e se possível com o auxílio de um médico nefrologista, pois o risco de deterioração da função renal nas primeira 48 horas após o contraste é imenso. A toxicidade renal pode ser tão grave que alguns pacientes chegam a precisar de hemodiálise durante alguns dias Os maiores risco para nefrotoxicidade do contraste ocorrem nos pacientes que têm:

- Creatinina antes do exame maior que 1,5 mg/dl (leia: CREATININA e URÉIA | O que são e como indicam doença dos rins)
- Nefropatia por diabetes mellitus (leia: DIABETES MELLITUS | DIAGNÓSTICO E SINTOMAS)
- Mieloma múltiplo
- Insuficiência cardíaca (leia: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA | CAUSAS E SINTOMAS)


Candidíase.

                                                                 ConceitoA candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais frequentes de infecção genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor na relação sexual) e pela eliminação de um corrimento vaginal em grumos brancacentos, semelhante à nata do leite. Com frequência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal (virilha). No homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um leve edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes (em forma de pontos), avermelhadas e pruriginosas. Na maioria das vezes não é uma doença de transmissão sexual. Em geral está relacionada com a diminuição da resistência do organismo da pessoa acometida. Existem fatores que predispõe ao aparecimento da infecção : diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos (anticoncepcionais) orais, uso de antibióticos e medicamentos imunosupressivos (que diminuem as defesas imunitárias do organismo), obesidade, uso de roupas justas etc. SinônimosMonilíase, Micose por cândida, Sapinho AgenteCandida albicans e outros. Complicações/ConsequênciasSão raras. Pode ocorrer disseminação sistêmica (especialmente em imunodeprimidos). TransmissãoOcorre transmissão pelo contato com secreções provenientes da boca, pele, vagina e dejetos de doentes ou portadores. A transmissão da mãe para o recém-nascido (transmissão vertical) pode ocorrer durante o parto.
A infecção, em geral, é primária na mulher, isto é, desenvolve-se em razão de fatores locais ou gerais que diminuem sua resistência imunológica.
Período de IncubaçãoMuito variável. DiagnósticoPesquisa do agente no material vaginal. O resuldado deve ser correlacionado com a clínica. TratamentoMedicamentos locais e/ou sistêmicos. PrevençãoHigienização adequada. Evitar vestimentas muito justas. Investigar e tratar doença(s) predisponente(s). Camisinha.

Fotos CANDIDÍASE PENIANA Lesão localizada no pênis


BALANITE POR CÂNDIDA Balanite


VULVOVAGINITE POR CÂNDIDA Vulvovaginite



Cancro Duro

                                                                         Conceito
Doença infecto-contagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de forma crônica (lenta) e que tem períodos de acutização (manifesta-se agudamente) e períodos de latência (sem manifestações). Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso). De acordo com algumas características de sua evolução a sífilis divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária ou Tardia. Quando transmitida da mãe para o feto é chamada de Sífilis Congênita.

O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro de inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo da pessoa.

Sífilis primária: trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco dolorosa), em geral única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clítoris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas que pode tambem ser encontrada nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. É frequente também a adenopatia inguinal (íngua na virilha) que, em geral passa desapercebida. O cancro usualmente desaparece em 3 a 4 semanas, sem deixar cicatrizes. Entre a segunda e quarta semanas do aparecimento do cancro, as reações sorológicas (exames realizados no sangue) para sífilis tornam-se positivas.

Sífilis Secundária: é caracterizada pela disseminação dos treponemas pelo organismo e ocorre de 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro. As manifestações nesta fase são essencialmente dermatológicas e as reações sorológicas continuam positivas.

Sífilis Latente: nesta fase não existem manifestações visíveis mas as reações sorológicas continuam positivas.

Sífilis Adquirida Tardia: a sífilis é considerada tardia após o primeiro ano de evolução em pacientes não tratados ou inadequadamente tratados. Apresentam-se após um período variável de latência sob a forma cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa etc. As reações sorológicas continuam positivas também nesta fase.

Sífilis Congênita: é devida a infecção do feto pelo Treponema por via transplacentária, a partir do quarto mes da gestação. As manifestações da doença, na maioria dos casos, estão presentes já nos primeiros dias de vida e podem assumir formas graves, inclusive podendo levar ao óbito da criança.
SinônimosCancro duro, cancro sifilítico, Lues.
AgenteTreponema pallidum
Complicações/ConsequênciasAbôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatal. Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular.
TransmissãoRelação sexual (vaginal anal e oral), transfusão de sangue contaminado, transplacentária (a partir do quarto mês de gestação). Eventualmente através de fômites.
Período de Incubação1 semana à 3 meses. Em geral de 1 a 3 semanas.

Diagnóstico Pesquisa direta do agente nas lesões. Exames sorológicos (VDRL, FTA-ABS etc)

TratamentoMedicamentoso. Com cura completa, se tratada precoce e adequadamente.
PrevençãoCamisinha pode proteger da contaminação genital se a lesão estiver na área recoberta. Evitar contato sexual se detectar lesão genital no(a) parceiro(a).
Fotos
CANCRO NO PENIS
Lesão localizada no pênis (glande)


CANCRO NA VULVA Lesão localizada na vulva (grandes lábios)

Falando Sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis.

Sexo seguro é o sexo sem o risco de ser contaminado ou contaminar o(a) seu(sua) parceiro(a) com doenças sexualmente transmissíveis.
Esta segurança só poder ser atingida através do sexo monogâmico com
parceiro(a) sabida e comprovadamente sadio(a) ou quando o sexo é realizado sem o contato ou troca de fluidos corpóreos como esperma, secreção vaginal e sangue.
A segunda situação é obtida através do uso da camisinha, camisa-de-vênus, condom (do latim condare, que significa "proteger") ou preservativo.
É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar excelente proteção, não proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, deslizamento, colocação inadequada etc).
É importante informar também que a proteção proporcionada pelo uso da camisinha é relativo nas doenças em que não ocorrem secreções genitais: Herpes, HPV, Sífilis, Cancro Mole, Pediculose do Pubis etc, uma vez que o agente transmissor pode estar localizado fora da área protegida pelo preservativo.
A camisinha é um objeto de material elástico, derivado da borracha (látex), relativamente resistente que envolve os genitais masculinos (mais usado) ou femininos durante o coito, impedindo o já citado contacto entre os fluidos corpóreos das pessoas que estão praticando o relacionamento íntimo.
Além da proteção contra as DST os preservativos constituem um método anticoncepcional seguro, quando usados adequadamente.
O mercado diversificou muito a industrialização das camisinhas. Hoje encontramos camisinhas texturizadas, com formatos especiais, coloridas, lubrificadas, com perfume, sabor, etc.


Pratique sexo seguro

CAMISINHA - COMO UTILIZAR Escolha uma marca de confiança. Carregue-a sempre com você. É recomendável ter uma ou maisunidades de reserva. Conserve-as protegidas do calor e utilize-as sempre dentro do prazo de validade.
Abra delicadamente a embalagem, cuidando para que esta operação não a danifique.
A colocação deverá ser feita com o pênis em ereção (duro). O prepúcio (pele) deverá estar tracionado e a glande (cabeça do pênis) exposta.
Deixe um pequeno espaço na ponta da camisinha. Isto é importante e pode ser conseguido comprimindo-se a extremidade da camisinha entre o polegar e o indicador e mantendo-os assim enquanto a coloca.
Encoste a camisinha enrolada na ponta da glande e desenrole-a até a base do pênis.
Se a camisinha não for lubrificada, utilize somente lubrificantes a base de água, os quais deverão ser aplicados sobre o pênis antes da colocação e/ou diretamente na camisinha após colocada.
Após o uso retire a camisinha. Dê um nó na extremidade aberta e jogue-a no lixo. Camisinha é descartável, deve ser usada somente uma vez.
No caso da camisinha romper-se ou sair durante o coito, despreze-a e coloque uma nova.



Aparelho Genital Masculino

Genitália Masculina



Aparelho Genital Feminino

Genitália Feminina

NOTA : Lembrar que na mulher, o final das vias urinárias e a via genital são distintas. No homem, ao contrário, elas são comuns.

Anatomia Genital

Aterosclerose.



Aterosclerose é uma doença inflamatória crónica na qual ocorre a formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Os ateromas são placas, compostas especialmente por lípidos e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. Levam progressivamente à diminuição do diâmetro do vaso, podendo chegar a obstrução total do mesmo. A aterosclerose em geral é fatal quando afecta as artérias do coração ou do cérebro, órgãos que resistem apenas poucos minutos sem oxigênio.
Processo de surgimento da doença (etiopatogenia)
A formação do ateroma é complexa. Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) penetram na parede do vaso, atravessando o endotélio, chegando à camada íntima da parede. Neste local são fagocitados. A ateriosclerose agride essencialmente a camada íntima da artéria. A lesão (AE) típica das formas avançadas da doença é a placa fibrosa- formação esbranquiçada que protunde na luz do vaso.
Ela é coberta por uma capa fibrosa que consiste em várias camadas de células achatadas embebidas numa matriz extracelular de tecido conjuntivo denso, ao lado de lamínulas de material amorfo, proteoglicanos, fibras colágenas e células musculares lisas.
No interior da placa, abaixo da capa fibrosa, há um acúmulo das células espumosas, íntegras ou rotas, e de tecido conjuntivo.
As células espumosas são derivadas dos macrófagos (macrócitos e linfócitos sanguíneos, e células musculares lisas da parede arterial) que contêm gotículas de gordura, principalmente sob a forma de colesterol livre e esterificado. Este colesterol é derivado do sangue e não produzido no local.
No centro da placa fibrosa há uma área de tecido necrótico, debris, cristais de colesterol extracelular, e de cálcio.
Com evolução do processo ateromatoso ocorrem diversos eventos:
1) vindos da adventícia nascem vasos que fazem intensa vascularização da média e da íntima;
2) aumenta a deposição de cálcio e de células necróticas;
3) surgem ruturas, fissuras e hemorragias da placa;
4) a placa pode ulcerar e/ou se desprender;
5) a exposição da subíntima ulcerada gera a deposição de plaquetas, coagulação sanguínea, trombose e eventual oclusão do vaso, etc.
Existem outras hipóteses explicando a etiologia e patogênese da aterosclerose, baseadas no conceito da resposta à injúria. Uma delas é a teoria da acidez na aterosclerose, desenvolvida em 2006.
Fatores de Risco
Os principais são
1)Hipertensão
2)Falta de atividade física e obesidade
3)Diabetes Mellitus
4)Hiperlipidemia
5)Tabagismo
6)Alcool
Interpretações: Sabe-se que a hipertensão aumenta em pelo menos duas vezes o risco de ateriosclerose, assim como a pessoa que possui diabete. Quando as duas doenças ocorrem concomitantemente, o risco sobe para mais de 8 vezes. No caso da pessoa possuir diabetes, hipertensão e hiperlipidemia, esse risco sobre para mais de 20 vezes, sugerindo que esses fatores atuam de forma conjunta para aumentar o risco do desenvolvimento da doença. Homens no início da vida adulta apresentam maior probabilidade de desenvolver a doença, sugerindo que talvez os hormônios masculinos estejam envolvimento na doença ou também que os hormônios femininos tenham alguma função protetora. Outros estudos sugerem que nível elevado de ferro no sangue pode levar à ateriosclerose, muito provavelmente pela formação de radicais livres que lesam as paredes vasculares.

Prevenção
As medidas mais importantes são manter um peso saudável, ser fisicamente ativo e ter uma dieta rica em gordura insaturada e com baixo teor de colesterol. Além disso, deve-se ter sempre o controle da glicose sanguínea e evitar o tabagismo. O tratamento preventivo se dá por drogas que reduzem os lipídeos plasmáticos e o colesterol. A maior parte do colesterol formada no fígado é convertida em ácidos biliares, e a maior parte destes são reabsorvidos no íleo e usadas na bile. Dessa forma, agentes que se combinem com os ácidos biliares e impeçam sua reabsorção na circulação, podem reduzir o número total de ácidos biliares que estão circulando no sangue. Isso leva a uma maior conversão do colesterol hepático em novos ácidos biliares. Dessa forma, a ingestão de alimentos que liguem aos ácidos biliares como cereais matinas, diminuem o colesterol circulante. As drogas mais comumente usadas são as resinas de troca, que justamente se ligam aos ácidos biliares, aumento sua excreção fecal e consequentemente reduzindo a síntese de colesterol pelo fígado. Outro grupo comum são as estatinas, que inibem competitivamente a hidroximetilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase. Essa enzima limita a síntese de colesterol e aumenta os receptores de LDL no fígado, gerando uma redução de 25 a 50% nos níveis plasmáticos de LDL.

  • Arteriosclerose é o processo de endurecimento das artérias, entre outras possibilidades por aterosclerose, mas as palavras não são sinônimos.

Sintomas mais comuns da Aterosclerose

- Dilatações de algumas áreas dos vasos sangüíneos (aneurismas);
- Dor no peito tipo facada (angina ou infarto);
- Dores fortes na cabeça (derrame cerebral);
- Dores em braços e pernas (trombose). - Dores no corpo - cansaço